segunda-feira, 28 de março de 2011

Trocar Idéia - Dialogar técnica simples de Paulo Freire.

24/09/2010

Trocar Idéia - Dialogar técnica simples de Paulo Freire.

Rapper Pirata – Oficina de Hip Hop.


Hoje trocamos idéia sobre o significado de cultura.


Objetivo:

Em razão de estarmos juntos e ampliando a nossa PERCEPÇÃO de mundo ao nosso redor, para auxiliarmo-nos na CRIATIVIDADE PRODUTIVA de letras musicais, poemas e poesia.


Metodologia:

Para darmos inicio ao bate papo, foi lançado a provocação: A a música funk-carioca é cultura ou não? Todos os jovens responderam que sim, porque as letras dizem de seu cotidiano. Então valorizamos a argumentação deles não EXCLUINDO-A , negando sua manifestação musical, mesmo que notamos que não há PERCEPÇÃO de VALORES CULTURAIS negativos.

Como é proposto o PROTAGONISMO JUVENIL, mantivemos a linha de conhecimento que estava sendo construída naquele momento.

Expliquei que cultura era o conhecimento de um povo, e seus costumes tornam se culturais.

A nossa conversa tem o formato o PRINCIPIO de LIBERDADE, então ela não se engessa e percorre livre, saindo sempre das QUESTÕES MICROS para AS MACROS a todo momento; como fosse um ping pong, vamos longe e voltamos para percepção local. Forma encontrada para não perder-se a SUBJETIVIDADE dos jovens referente ao diálogo. Sempre nota-se que preconceitos homofóbicos, machistas, racistas e outros que aparecem a todo momento, então diagnostica-se para eles não tornarem-se como algo comum nas relações de nós com os outros. Sem refletir no sentido de haver CULPADOS, porque entendem-se que esses ERROS são valores culturais da sociedade que estamos inseridos.

O nosso bate papo também tem se aprende a naquele momento. Não ficamos na via da COMUNICAÇÃO de EDUCADOR E EDUCANDO, e sim na INTERAÇÃO dos dois a todo momento, valorizando a RELAÇÃO DE AMIZADE. Exemplificando; há brincadeiras referente aos dependentes químicos na Torres, e agora o sentidos das piadas pejorativas são que eles são os 'poucas cabanas', porque estarem próximos aos rio e assim querem dizer que estão em Copacabana. Principalmente por estarem isolados em muros, construído pela empresa CEETP e Prefeitura de São Paulo.

Então PROBLEMATIZA A QUESTÃO para refletirmos juntos. Busca-se que notem que aqueles seres humanos não estão sendo reconhecidos como gente, e sim como 'nóia'. Justamente na necessidade da sua doença que é a paranóia, por não terem a substancia química que necessitam. A palavra 'nóia' é a redução da palavra paranóia, e que muitos estão ali por causa de problemas que são sociais.

Perguntando para os garotos e as garotas como resolvem seus problemas, para a questão surgiram respostas: pela violência, deixar passar o tempo ou resolve-los. Foi exemplificado pela situação de não serem correspondidos com uma garota ou garoto, 'toma-se uma bota'. Então demonstraram que esses simples problemas para uns, e um enorme problema para outros, e muitas vezes a droga acaba sendo utilizada como resposta para fugirem de sua realidade . Não é porque os dependentes químicos sejam safados e vivem naquele mundo porque querem.

Mas o assunto trouxe a questão de gênero para o dialogo, a mulher é a vagabunda e garoto o garanhão. Questionaram-me se eu ficaria com uma garota que fosse em baladas, por crerem que as mulher que vai se divertir não pode servir para um futuro matrimonio. Dizendo que somente os garotos podem ficar com quantas mulheres desejarem, mas neste momento as garotas se posicionaram contra, mesmo dizendo que não podem sair para ir em baladas.

Falaram da história de uma mulher que se prostituí e não revelou ao marido. Questionando-os foi demonstrado que há muitas coisas envolvidas em um relacionamento, principalmente emocional; E as pessoas que estão de fora ficam numa posição comoda de julgar, mas quem está dentro do problema, muitas vezes não encontra a resposta, que pode ser somente um simples passo adiante para seguirem suas vidas. E culturalmente na sociedade brasileira, todos somos juízes e nunca queremos ser réus.


Resultado:

O dialogo teve a finalidade de AMPLIAR A VISÃO DE MUNDO dos jovens, partindo da própria subjetividades deles, simplesmente buscamos construir uma forma de pensar juntos.

TEMAS TÉCNICOS:

Trocar idéia

Cultura

Percepção

Exclusão

Questões micros e macros

Princípio de liberdade

Subjetividade

Não culpabilização de erros

Interação

Relação de amizade

Problematização

Ampliação de visão de mundo

Identificação e diagnosticação de valores pejorativos: racismo, homofobia, machismo entre outros

Protagonismo juvenil



Método:

Roda de cadeiras para buscar a horizontalidade ( principio africano).

Mediação de dialogo e fomentação para conflitos para debater-se idéias no bate papo.

Escrever em lousa para exemplificar com palavras chaves para auxiliar na percepção visual.


Materiais:

Giz

Dificuldade:

Iniciar a oficina com a temática por jovens evitarem o dialogo. Sempre há ofertado as coisas prontas, negado a suas opiniões e forma de sua compreensão.


Participação:

Todos participaram porque nas oficinas busca-se respeita-los com suas subjetividades e relação com o tema proposto.


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